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Luxo turbina preço dos lançamentos imobiliários em capital do Sul, que supera Rio e SP
Luxo turbina preço dos lançamentos imobiliários em capital do Sul, que supera Rio e SP
Novo índice do DataZAP estima movimentações no mercado primário de imóveis em 11 regiões do Brasil
O preço do metro quadrado dos lançamentos de imóveis avançou 1,78% no segundo trimestre, para R$ 10,8 mil. A conclusão é do Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI), nova ferramenta de monitoramento do DataZAP, do Grupo OLX. O índice monitora os preços dos novos empreendimentos em 11 regiões do Brasil, com cenário trimestral e dos últimos 12 meses (veja detalhes da metodologia abaixo).
O levantamento mostrou que a cidade onde o preço do metro quadrado é mais caro é Florianópolis (SC): R$ 18,37 mil – 70% acima da média nacional. O índice da capital catarinense subiu 10,54% no período. Segundo o DataZAP, foi o segmento de luxo que puxou os preços na cidade, na esteira do desenvolvimento turístico, expansão do polo tecnológico e investimentos em infraestrutura, como a ampliação do aeroporto e a duplicação de rodovias.
Vale lembrar que o segmento de luxo tem sido o grande atrativo do litoral catarinense, em especial na cidade de Balneário Camboriú, que ficou de fora desta primeira edição do ILI mas é considerada a cidade mais cara do País na média geral de preços. Na ponta oposta, a região metropolitana de São Paulo (SP) registrou o menor preço de metro quadrado entre as localidades analisadas. Por lá, o preço médio foi de R$ 8,14 mil.
- 1
- Florianópolis (SC)
- VALOR R$ 18.369,26
- 2
- São Paulo (SP)
- VALOR R$ 11.909,78
- 3
- Curitiba (PR)
- VALOR R$ 11.850,29
- 4
- Porto Alegre (RS)
- VALOR R$ 11.438,92
- 5
- Belo Horizonte (MG)
- VALOR R$ 10.940,88
- 6
- ILI
- VALOR R$ 10.864,64
- 7
- Rio de Janeiro (RJ)
- VALOR R$ 10.185,90
- 8
- Campinas (SP)
- VALOR R$ 9.492,83
- 9
- Recife (PE)
- VALOR R$ 9.435,61
- 10
- Fortaleza (CE)
- R$ 9.257,22
- 11
- Goiânia (GO)
- VALOR R$ 8.848,31
- 12
- RMSP*
- VALOR R$ 8.142,35
Preços em alta
A valorização de quase 2% nos preços dos lançamentos imobiliários ficou acima do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) para o período, que foi de 1,57%. Na comparação trimestral, a maior alta foi de 12,57%, na cidade do Rio de Janeiro.
Nos últimos 12 meses, os preços dos lançamentos imobiliários apresentaram uma valorização de 4,83%, superando novamente o INCC que registrou 3,93% de aumento. Florianópolis registrou a maior alta do ILI no período: ganho de 42,48%.
Em contrapartida, em São Paulo e Recife (PE) houve uma leve desvalorização dos preços médios, com quedas de 1% e 1,6%, respectivamente. A queda foi mais forte em Belo Horizonte (BG) e Fortaleza (CE), com baixas de 6,59% e 10,8%, respectivamente. Por lá, o DataZAP identificou um crescimento do segmento econômico, que tem custos menores.
Veja a variação do Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI) no 2º trimestre
1
Rio de Janeiro (RJ)
+12,57%
+10,54%
2
Florianópolis (SC)
+10,97%
+42,48%
3
Porto Alegre (RS)
+10,05%
+10,58%
4
RMSP*
+3,77%
+14,91%
5
Recife (PE)
+3,56%
-1,60%
6
Goiânia (GO)
+2,98%
+17,87%
7
Campinas (SP)
+1,80%
+10,92%
8
ILI
+1,78%
+4,83%
9
São Paulo (SP)
+1,01%
-1,00%
10
Curitiba (PR)
+0,63%
+10,03%
11
Belo Horizonte (MG)
-3,30%
-6,59%
12
Fortaleza (CE)
-10,23%
-10,80%
Qual a metodologia do Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI)?
O Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI) contempla 11 regiões estratégicas: Região Metropolitana de São Paulo (RMSP, excluindo a capital paulista), São Paulo (SP), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Fortaleza (CE).
O ILI monitora empreendimentos desde sua concepção até a entrega das chaves, com análises contínuas dos preços praticados no segmento imobiliário. Segundo o DataZAP, os lançamentos são avaliados a partir de uma série histórica que engloba momentos-chave que impactaram diretamente o mercado, como a crise do sub-prime de 2008, a crise político-econômica brasileira em 2014 e a pandemia de Covid-19.
O preço analisado é a média ponderada do resultado da divisão do VGL (Valor Geral Lançado) pela área construída dos projetos monitorados e traz cenários trimestrais e dos últimos 12 meses a cada novo índice.